top of page

Agricultura 4.0 em Figueira de Castelo Rodrigo

Estudo-piloto apoia agricultores na tomada de decisões eficientes e sustentáveis em localizações remotas

O projeto BioD’Agro é um dos vencedores da 3ª edição do Concurso Promove - lançado
pela Fundação “la Caixa” e pelo BPI, em parceria com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, para apoiar a dinamização das regiões de fronteira do interior de Portugal - e
vai ser desenvolvido por um consórcio liderado pelo Instituto Superior de Agronomia, em
conjunto com a Universidade da Beira Interior, a Spaceway, a Sinergiae Ambiente Lda, as
Colinas do Douro - Sociedade Agrícola e o Município de Figueira de Castelo Rodrigo.  

 

Com um financiamento superior a 500 mil euros, o BioD'Agro vem dar resposta a grandes desafios do território, através da criação de um laboratório de inovação numa vinha
pertencente às Colinas do Douro, em pleno Parque Natural do Douro Internacional. Neste
laboratório será desenvolvido um sistema inteligente de alerta e informação que permitirá
aos agricultores da região monitorizar, de forma remota, as suas culturas e tomar decisões
que promovam a biodiversidade local e a sustentabilidade ambiental sem pôr em causa a
produtividade agrícola.

 

Segundo Carlos Lopes, Professor e Investigador Responsável do Instituto Superior de
Agronomia e líder do Consórcio, “a agricultura tem sido um dos principais responsáveis pela redução da sustentabilidade ambiental e aqui, no Alto Douro Vinhateiro, a intensificação
vitícola dos últimos séculos tem resultado na degradação considerável dos habitats
autóctones e na consequente perda de biodiversidade”.

 

Os investigadores estão a desenvolver um sistema tecnológico inovador de Internet das
Coisas (Internet of Things, IoT), que vai desde a recolha de dados in-situ, na vinha, até ao
desenvolvimento de uma plataforma web que ajudará o agricultor, por exemplo, a gerir a
água de forma eficiente ou a controlar pragas de forma ecológica.
"Através da instalação de ilhas de sensores na vinha vamos conseguir acompanhar as
condições meteorológicas no local e perceber qual o estado hídrico do solo", refere Pedro Dinis Gaspar, Professor e Investigador Principal na Universidade da Beira Interior. "
Estes sensores vão ainda permitir estudar a atividade de morcegos, que são predadores de
algumas pragas da vinha, como a traça-da-uva, uma das mais temidas pelos agricultores.",
acrescenta Mário Agostinho, biólogo e Diretor Geral da Sinergiae Ambiente, Lda.

 

Outro dos grandes desafios do território está relacionado com o acesso limitado à internet,
que "com o BioD'Agro vai ser ultrapassado através de uma solução inovadora que integra
tecnologia de comunicação LoRa (Long-Range), que é capaz de receber os dados
recolhidos pelas ilhas de sensores, processá-los e enviá-los para nanosatélites, e em última
instância para a nuvem", explica Jorge Monteiro, CEO da empresa Spaceway.

 

Espera-se que esta abordagem transdisciplinar, apoiada por uma equipa científica diversa e
complementar, resulte num impacto efetivo para o utilizador - o agricultor, bem como para o território, que "só será possível se servir as necessidades e os interesses dos vários

produtores da região, e se vier a ser utilizado de forma alargada após a fase piloto. Por isso mesmo, o desenvolvimento científico e tecnológico do BioD'Agro seguirá uma abordagem centrada no utilizador.", esclarece Maria Vicente, Coordenadora Científica da Plataforma de Ciência Aberta - Município de Figueira de Castelo Rodrigo.
 

"É um enorme orgulho vermos as Colinas do Douro como um laboratório de incubação de
projetos que poderão vir a ser determinantes para o futuro deste magnífico território, e é, ao mesmo tempo, um reconhecimento do caminho que temos trilhado na valorização da
região", remata com entusiasmo Diogo Mexia, Diretor Geral das Colinas do Douro.

Mais informações sobre os projetos financiados aqui.

Instituições Parceiras:

logo_leaf
logo_instituto superior de agronomia universidade de Lisboa
c-mast logo
logo_ubi
spaceway logo
logosinergiaeambiente
logoColinasDoDouro
logo plataforma ciencia aberta
logo FCR

Financiamento:

bottom of page